Produção poética do Qatar tem destaque na programação da Feira Pan-Amazônica do Livro.
A produção poética de autores árabes
clássicos e modernos marcaram a programação da Feira Pan-Amazônica do
Livro neste domingo, 1 de junho, pela manhã, durante o seminário “Qatar:
uma janela para o mundo árabe”, no auditório Eneida de Moraes, no
Hangar. A professora Lilia Chaves e a Companhia do Sarau
apresentaram para um público seleto e muito atento poemas de escritores
como Omar Al-Khayyan, que ela classificou como um poeta do Carpe Diem.
“Seu tema principal era o aproveite do dia”, disse.
Segundo a especialista, o poeta é conhecido pelos Rubaiyat, que são poemas em quadras ou quartetos, que foram traduzidos para o português pelo poeta pernambucano Manoel Bandeira. “Ele transita entre o paganismo e o misticismo e nos mostra que a verdade está dentro de nós, não importa a nossa crença”, pontuou. “Ele é maravilhoso, vocês precisam ler”, recomendou.
A Companhia do Sarau escolheu cenas do clássico “As mil e uma noites” e poemas de Nizar Qabanni para mostrar ao público. “Nós fizemos uma grande pesquisa para entender esses personagens”, contou a atriz Mayra Monteiro. Ela disse que a Companhia ensaiou por 15 dias. “O resultado foi muito gratificante. Valeu o sacrifício”, complementou.
Já os quadrinhos mereceram uma atenção especial. Quem participou do workshop “Desenho de Humor e Sketchbook” com o convidado paulista DaCosta descobriu a evolução histórica da ciência do riso no mundo e no Brasil. O ilustrador apresentou o universo que envolve a cultura gráfica, no Espaço Educação da Seduc na XVIII Feira Pan-Amazônica do Livro.
A palestra apresentou a origem de palavras que são frequentes no vocabulário de humor, como a própria palavra ‘Humor’, que era usada na Grécia Antiga para representar o bem-estar corporal, e outras como ‘Grotesco’ e ‘Cartum’. “A caricatura tem início no século XVI porque os pintores ficavam desenhando uns aos outros para se presentear”, explicou o ilustrador.
Ao final do workshop, com os dedos sujos de nanquim, DaCosta exibia o processo de produção de um caderno artesanal de rascunhos, que é o que significa sketchbook. “Durante minhas oficinas eu fico alegre em ver a pessoa satisfeita ao produzir o próprio caderno e com ele poder fazer e colar o que quiser”, confessa.
Biratan Porto, organizador do VI Salão Internacional do Humor da Amazônia, afirma que a importância de conversar com desenhistas de humor é a troca de experiências profissionais e pessoais. “Esse tipo de evento socializa conhecimentos entre estudantes, artistas e pessoas que admiram o trabalho gráfico e convidados que contribuem nesse acúmulo de maneira interessante”, pontua o cartunista paraense.
DaCosta disse que um salão é um momento singular. “A gente só vê desenhista em salão de humor porque essas pessoas vivem na prancheta. Cartunista é um bicho que fica enclausurado”, brinca o vencedor da Menção Honrosa no salão 16º Porto Cartoon World Festival 2014.
No meio da tarde, um acontecimento mobilizou o público da Feira. Desde este domingo, 1, até o encerramento da XVIII Feira Pan-Amazônica, no dia 8 de junho, a Tenda do Qatar, armada bem no centro dos estandes da feira, vai oferecer ações educativas. Neste domingo, dando início à programação, a palestra foi sobre o casamento no Qatar, ministrada pela coordenadora do projeto Qatar Brasil 2014 e representante do Qatar Museums Authority (QMA), Rafah Barakat.
Nesta segunda-feira, 2, a programação continua com uma oficina sobre o café árabe, mostrando como ele é feito e os segredos que envolvem a sua preparação. Na terça-feira, 3, a oficina será sobre pintura de hena na pele e, na quarta, 4, o tema será caligrafia, além de outras atividades. A ação visa chamar atenção para a cultura do país, que é o homenageado na XVIII Feira Pan Amazônica do Livro, e que apesar de ser pequeno territorialmente é uma terra de grandes números. O emirado apresenta a segunda maior renda per capita do planeta e abriga a terceira maior reserva mundial de gás natural.
Ao final da oficina, foi encenado um verdadeiro casamento no Qatar, do qual uma das curiosidades é que são feitas duas festas: uma para os homens e outra para mulheres. “É uma festa muito importante no Qatar. A noiva é levada até a casa do futuro marido, carregada pela família em um tapete, e o noivo a presenteia com ouro. Enfim, é uma festa linda”, comenta a tradutora e intérprete da língua árabe, Nisreene Matar. A palestra sobre o casamento no Qatar e a encenação com os noivos chamaram muito a atenção do público, que ao final da simulação, teve a oportunidade de fotografar ao lado do casal de noivos.
Sábado
De acordo com a organização da XVIII Feira Pan-Amazônica do Livro, mais de 40 mil pessoas passaram pelo Hangar no sábado (31). O governador do Estado Simão Jatene e a primeira-dama, Ana Jatene, também visitaram a Feira. “É um evento que está incorporado à nossa cultura, à nossa história, ao cotidiano do Estado e cada vez mis à realidade literária nacional. A Feira Pan-Amazônica do Livro se transformou num momento de celebração da nossa cultura, da nossa memória. É preciso celebrarmos as coisas boas”, afirmou o governador.
Uma das novidades da Feira, neste ano, é um local especialmente dedicado às crianças: o “Espaço Infantil”, uma tenda onde acontece uma vasta programação que inclui desde espetáculos teatrais e contações de histórias até a exibição de animações e curtas-metragens do Festival Decididamente Animados. No segundo dia de Feira, o Seminário “Qatar: Uma janela para o Mundo Árabe” fez um panorama sobre a economia do país no último século, o papel da mulher qatari na sociedade e a influência da cultura árabe na cultura brasileira, entre outros assuntos. O embaixador do Qatar, Mohamed Al Kayki, e o escritor libanês Assad Zaidan participaram do evento.
Os jornalistas André Trigueiro e Miriam Leitão, da Rede Globo; Matttew Shirts, da National Geographic Brasil, e o consultor ambiental do Imazon, Tasso Azevedo, discutiram um dos principais temas da literatura ambiental na região amazônica: a sustentabilidade. O evento foi um dos destaques na programação da Feira, que teve ainda a “Mostra de Cinema”, com filmes inéditos no circuito comercial e alternativo de Belém.
A noite de sábado foi encerrada ao som das obras de dois grandes nomes da música brasileira, o maestro paraense Waldemar Henrique e o cantor baiano Dorival Caymmi, no show de lançamento do CD “Waldemar Caymmi - a travessia das águas”, da cantora Cissa de Luna. O projeto é uma ideia da cantora, que é baiana, foi criada no Rio de Janeiro e atualmente está em Belém, após perceber que a obra de Waldemar e Dorival apresenta um traço em comum: o regionalismo. Para ela, as águas, lendas, o sincretismo religioso estão presentes nas obras dos dois.
O show de Cissa teve a participação do filho de Dorival, Danilo Caymmi, que aprovou a homenagem e prometeu voltar à capital paraense ao lado dos irmãos. “Eu já conhecia o trabalho da Cissa e foi um prazer participar dele. Sempre sou muito bem recebido aqui em Belém, tenho um carinho muito grande por esta cidade, tanto que eu, Dori e Nanna vamos voltar em agosto para show em comemoração ao centenário de nosso pai”, informou. Danilo conta que já conhecia a obra de Waldemar Henrique e revela a satisfação por ter conhecido pessoalmente o maestro quando ainda era bem jovem.
O show teve direção musical de Salomão Habib. O lançamento do CD integra o projeto Selo Amazônia Brasil - Volume 3, da Secretaria de Estado de Cultura do Pará (Secult) e pode ser adquirido por meio do sitewww.cissadeluna.com.br, nas lojas Ná Figueiredo, Fox Vídeo ou na sede da secretaria, na avenida Magalhães Barata, em São Braz.
Governo do Estado do ParáSegundo a especialista, o poeta é conhecido pelos Rubaiyat, que são poemas em quadras ou quartetos, que foram traduzidos para o português pelo poeta pernambucano Manoel Bandeira. “Ele transita entre o paganismo e o misticismo e nos mostra que a verdade está dentro de nós, não importa a nossa crença”, pontuou. “Ele é maravilhoso, vocês precisam ler”, recomendou.
A Companhia do Sarau escolheu cenas do clássico “As mil e uma noites” e poemas de Nizar Qabanni para mostrar ao público. “Nós fizemos uma grande pesquisa para entender esses personagens”, contou a atriz Mayra Monteiro. Ela disse que a Companhia ensaiou por 15 dias. “O resultado foi muito gratificante. Valeu o sacrifício”, complementou.
Já os quadrinhos mereceram uma atenção especial. Quem participou do workshop “Desenho de Humor e Sketchbook” com o convidado paulista DaCosta descobriu a evolução histórica da ciência do riso no mundo e no Brasil. O ilustrador apresentou o universo que envolve a cultura gráfica, no Espaço Educação da Seduc na XVIII Feira Pan-Amazônica do Livro.
A palestra apresentou a origem de palavras que são frequentes no vocabulário de humor, como a própria palavra ‘Humor’, que era usada na Grécia Antiga para representar o bem-estar corporal, e outras como ‘Grotesco’ e ‘Cartum’. “A caricatura tem início no século XVI porque os pintores ficavam desenhando uns aos outros para se presentear”, explicou o ilustrador.
Ao final do workshop, com os dedos sujos de nanquim, DaCosta exibia o processo de produção de um caderno artesanal de rascunhos, que é o que significa sketchbook. “Durante minhas oficinas eu fico alegre em ver a pessoa satisfeita ao produzir o próprio caderno e com ele poder fazer e colar o que quiser”, confessa.
Biratan Porto, organizador do VI Salão Internacional do Humor da Amazônia, afirma que a importância de conversar com desenhistas de humor é a troca de experiências profissionais e pessoais. “Esse tipo de evento socializa conhecimentos entre estudantes, artistas e pessoas que admiram o trabalho gráfico e convidados que contribuem nesse acúmulo de maneira interessante”, pontua o cartunista paraense.
DaCosta disse que um salão é um momento singular. “A gente só vê desenhista em salão de humor porque essas pessoas vivem na prancheta. Cartunista é um bicho que fica enclausurado”, brinca o vencedor da Menção Honrosa no salão 16º Porto Cartoon World Festival 2014.
No meio da tarde, um acontecimento mobilizou o público da Feira. Desde este domingo, 1, até o encerramento da XVIII Feira Pan-Amazônica, no dia 8 de junho, a Tenda do Qatar, armada bem no centro dos estandes da feira, vai oferecer ações educativas. Neste domingo, dando início à programação, a palestra foi sobre o casamento no Qatar, ministrada pela coordenadora do projeto Qatar Brasil 2014 e representante do Qatar Museums Authority (QMA), Rafah Barakat.
Nesta segunda-feira, 2, a programação continua com uma oficina sobre o café árabe, mostrando como ele é feito e os segredos que envolvem a sua preparação. Na terça-feira, 3, a oficina será sobre pintura de hena na pele e, na quarta, 4, o tema será caligrafia, além de outras atividades. A ação visa chamar atenção para a cultura do país, que é o homenageado na XVIII Feira Pan Amazônica do Livro, e que apesar de ser pequeno territorialmente é uma terra de grandes números. O emirado apresenta a segunda maior renda per capita do planeta e abriga a terceira maior reserva mundial de gás natural.
Ao final da oficina, foi encenado um verdadeiro casamento no Qatar, do qual uma das curiosidades é que são feitas duas festas: uma para os homens e outra para mulheres. “É uma festa muito importante no Qatar. A noiva é levada até a casa do futuro marido, carregada pela família em um tapete, e o noivo a presenteia com ouro. Enfim, é uma festa linda”, comenta a tradutora e intérprete da língua árabe, Nisreene Matar. A palestra sobre o casamento no Qatar e a encenação com os noivos chamaram muito a atenção do público, que ao final da simulação, teve a oportunidade de fotografar ao lado do casal de noivos.
Sábado
De acordo com a organização da XVIII Feira Pan-Amazônica do Livro, mais de 40 mil pessoas passaram pelo Hangar no sábado (31). O governador do Estado Simão Jatene e a primeira-dama, Ana Jatene, também visitaram a Feira. “É um evento que está incorporado à nossa cultura, à nossa história, ao cotidiano do Estado e cada vez mis à realidade literária nacional. A Feira Pan-Amazônica do Livro se transformou num momento de celebração da nossa cultura, da nossa memória. É preciso celebrarmos as coisas boas”, afirmou o governador.
Uma das novidades da Feira, neste ano, é um local especialmente dedicado às crianças: o “Espaço Infantil”, uma tenda onde acontece uma vasta programação que inclui desde espetáculos teatrais e contações de histórias até a exibição de animações e curtas-metragens do Festival Decididamente Animados. No segundo dia de Feira, o Seminário “Qatar: Uma janela para o Mundo Árabe” fez um panorama sobre a economia do país no último século, o papel da mulher qatari na sociedade e a influência da cultura árabe na cultura brasileira, entre outros assuntos. O embaixador do Qatar, Mohamed Al Kayki, e o escritor libanês Assad Zaidan participaram do evento.
Os jornalistas André Trigueiro e Miriam Leitão, da Rede Globo; Matttew Shirts, da National Geographic Brasil, e o consultor ambiental do Imazon, Tasso Azevedo, discutiram um dos principais temas da literatura ambiental na região amazônica: a sustentabilidade. O evento foi um dos destaques na programação da Feira, que teve ainda a “Mostra de Cinema”, com filmes inéditos no circuito comercial e alternativo de Belém.
A noite de sábado foi encerrada ao som das obras de dois grandes nomes da música brasileira, o maestro paraense Waldemar Henrique e o cantor baiano Dorival Caymmi, no show de lançamento do CD “Waldemar Caymmi - a travessia das águas”, da cantora Cissa de Luna. O projeto é uma ideia da cantora, que é baiana, foi criada no Rio de Janeiro e atualmente está em Belém, após perceber que a obra de Waldemar e Dorival apresenta um traço em comum: o regionalismo. Para ela, as águas, lendas, o sincretismo religioso estão presentes nas obras dos dois.
O show de Cissa teve a participação do filho de Dorival, Danilo Caymmi, que aprovou a homenagem e prometeu voltar à capital paraense ao lado dos irmãos. “Eu já conhecia o trabalho da Cissa e foi um prazer participar dele. Sempre sou muito bem recebido aqui em Belém, tenho um carinho muito grande por esta cidade, tanto que eu, Dori e Nanna vamos voltar em agosto para show em comemoração ao centenário de nosso pai”, informou. Danilo conta que já conhecia a obra de Waldemar Henrique e revela a satisfação por ter conhecido pessoalmente o maestro quando ainda era bem jovem.
O show teve direção musical de Salomão Habib. O lançamento do CD integra o projeto Selo Amazônia Brasil - Volume 3, da Secretaria de Estado de Cultura do Pará (Secult) e pode ser adquirido por meio do sitewww.cissadeluna.com.br, nas lojas Ná Figueiredo, Fox Vídeo ou na sede da secretaria, na avenida Magalhães Barata, em São Braz.
Secretaria de Estado de Comunicação
FONTE: AGENCIA PARÁ
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